Um dia Oyá sentindo que lhe faltava algo, se ajoelhou e rogou a Olorum, em resposta o mesmo lhê enviou seres mágicos e belos.
Oyá, sem entender muito, aceitou aquelas belas criaturas mágicas,
leves e com uma beleza magnifica
pois cada uma possuía a sua.
Oyá caminhava, dançava, guerreava na companhia desses seres que sempre ao fim de um dia, ao olhar e sentir seus toques trazia uma alegria e felicidade sem tamanho a bela Oyá.
E depois de muito tempo tendo esses seres como uma parte sua, Olorum recolheu uma a uma…
Oyá novamente se sentiu incompleta e quando se viu sozinha chorou e a cada lágrima que escorria em seu belo rosto, um raio cortava o céu dos orixás, que assistiam aquela cena entristecidos.
Olorum então veio ao encontro da menina de seus olhos e lhê disse que aqueles seres estavam espalhados pelo mundo a espera dela, e que todos pertenceriam novamente a ela se a mesma os reconhecesse.
Então a bela Oyá não perdeu tempo e foi a procura deles, os orixás se comoveram e a ajudaram a encontrar um a um, mas como ela os reconheceria?
Simples, disse Olorum, Oyá gritará “Eparrey” e aqueles humanos que em seus rostos escorrerem uma lágrima, esses serão chamados de Filhos de Oyá e quando você olhar dentro de seus olhos, verá que a alma deles tem o formato daqueles seres mágicos que um dia lhê mandei…
Eles são hoje conhecidos como “Borboletas de Oyá”.
Por: Iyánifá Fátóún
(Babalawo Ifaleti Osaabukola)